terça-feira, 30 de novembro de 2010

Planejamento: é bom trabalhar nisso ou não?

Grupo de Planejamento discute pesquisas e realidades sobre o setor durante o GP10


De acordo com um estudo do Grupo Consultores, a resposta para o título é sim. Comparados com outros países, anunciantes brasileiros consideram o setor de planejamento muito importante para seu negócio e as agências que fazem isso bem tem maiores chances do que as outras de conquistarem uma conta. Isso, até em comparação com mercados maduros, como a Espanha.

“Na Europa, a crise financeira fez com que as empresas focassem mais em estratégias de curto prazo, o que prejudicou o planejamento”, atestou Kika Samblas, sócia da consultoria de origem espanhola. “O Brasil é um lugar bom para se estar. Os clientes daqui valorizam mais o planejamento estratégico”, afirmou.

Prova disso é que as relações entre agências e anunciantes estão durando quase seis anos, aproximando-se da média dos Estados Unidos, que está em torno de 6,5 anos. “A própria duração maior dessa relação é uma mostra da valorização do planejamento”, acredita Graziela Di Giorgi, responsável pelo escritório da consultoria no Brasil.

Ambas participaram de um debate mediado por Regina Augusto, diretora editorial do Grupo M&M,durante o GP10, evento organizado pelo Grupo de Planejamento nesta segunda-feira, 29. A apresentação, com o tema Na Real: Aspiração, Transpiração, Inspiração, contou também com a participação de representantes de agência, no caso, Eduardo Lima, da F/Nazca, que falou também pelo CCSP, além de Jurandir Craveiro, fundador da NBS e membro do Grupo de Planejamento. Representando os anunciantes, esteve presente Tiago Pinto, diretor de marketing da Nike do Brasil.

Quando a palavra foi para os profissionais de agências, o cenário não parecia ser tão positivo assim. Para Craveiro, o setor está mais caro para a agência e perdeu seu escopo original. “O planejamento se afastou da criação e ficou mais do lado de business.  O setor está sendo encarado como um extra e ficou responsável até por pesquisar preços no supermercado”, afirmou.

Para a Nike, o processo de planejamento não pode ser separado da criação. “Somos considerados até um anunciante chato. As coisas não são rápidas. Os nossos comerciais interessantes que vão para a rua são fruto de uma intensa verificação com o consumidores da validade de uma ideia”, disse. Lima, da F/Nazca (que atende Nike no Brasil) disse ainda que a agência dá valor ao planejamento. “É impossível esperar a criação criar para depois o planejamento ser feito”, afirmou.

Para Graziela, no entanto, geralmente agências conhecidas por sua criação não costumam ter o mesmo reconhecimento em planejamento, e vice-versa. Craveiro reiterou, dizendo que a criação sente falta de um parceiro de planejamento. “Não vejo grandes movimentos de aproximação, um empenho da criação nisso”, disse. Ele crê que o digital pode unir os dois lados, porque o planejamento estratégico é fundamental na mídia online.

Lima criticou ainda reclamações dos planejadores de que estariam acumulando funções. “Este é o meu ponto de vista a partir da criação, do que esperamos do planejamento: tem que engolir o choro e trabalhar. Falta um pouco isso. Vamos parar de chorar e trabalhar”, avisou, sob protestos da plateia composta em sua maioria por profissionais de planejamento. “O problema não é trabalhar, mas receber pelo que se trabalha”, finalizou Ulisses Zamboni, sócio e diretor de atendimento da Santa Clara, além de presidente do GP. Ele foi responsável pela condução do evento e acabou opinando.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Classe D ultrapassa classe A em número de estudantes nas universidades.

Fonte: Agência Estado
 
A classe D já passou a classe A no número total de estudantes nas universidades brasileiras públicas e privadas. Em 2002, havia 180 mil alunos da classe D no Ensino Superior. Sete anos depois, em 2009, eles eram quase cinco vezes mais e somavam 887,4 mil. Em contrapartida, o total de estudantes do estrato mais rico caiu pela metade no período, de 885,6 mil para 423, 4 mil. Os dados fazem parte de um estudo do instituto Data Popular.

"Cerca de cem mil estudantes da classe D ingressaram a cada ano nas faculdades brasileiras entre 2002 e 2009, e hoje temos a primeira geração de universitários desse estrato social", observa Renato Meirelles, sócio diretor do instituto e responsável pelo estudo.

Essa mudança de perfil deve, segundo Meirelles, provocar impactos no mercado de consumo a médio prazo. Com maior nível de escolaridade, essa população, que é a grande massa consumidora do País, deve se tornar mais exigente na hora de ir às compras.

O estudo, feito a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela também que as classes C e D respondem atualmente por 72,4% dos estudantes universitários. Em 2002, a participação dos estudantes desses dois estratos sociais somavam 45,3%.

São considerados estudantes de classe D aqueles com renda mensal familiar entre um e três salários-mínimos (hoje, de R$ 510 a R$ 1.530). Os universitários da classe C contam com rendimento familiar que varia de três e dez salários-mínimos. Já na classe A, a renda é acima de 20 salários-mínimos (R$ 10,2 mil).

A melhoria da condição financeira que permitiu inicialmente a compra do primeiro carro zero-quilômetro e do celular aos brasileiros de menor renda também abriu caminho para que eles tivesse acesso ao ensino superior. Pesquisa do Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA), que mede a intenção de compra dos consumidores por classe social, revela que subiu de 15%, no terceiro trimestre, para 17%, neste trimestre, a capacidade de gasto com educação em relação à renda da classe C.

Saiba mais

Além da renda maior, segundo Renato Meirelles, sócio diretor do instituto Data Popular e responsável pelo estudo, existem outros fatores que provocaram essa mudança de perfil socioeconômico dos universitários. Um deles é a universalização do Ensino Médio no Brasil. Também contribuíram as bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni) e a proliferação de universidades particulares pelo País.Estado

A publicidade está lá fora


Fonte: Ibope
 Análise produzida pelo IBOPE Mídia e publicada no jornal Meio & Mensagem do dia 08 de novembro
Diariamente, as pessoas estão em constante movimento, locomovendo-se de suas casas para o trabalho, a escola, o supermercado ou seu lazer preferido. Nesse trajeto, são impactadas pela publicidade existente nas ruas, muitas delas localizadas no mobiliário urbano, como bancas de jornal, cabines de telefone e pontos de ônibus . A pesquisa Target Group Index, do IBOPE Mídia, aponta uma tendência da população estar em trânsito entre 7h e 18h, período em que as pessoas ficam mais expostas à publicidade de mídia exterior.
Pessoas em transito nos grandes centros

Software apresenta nova maneira de fazer pesquisas de opinião

Fonte: Meta Análise  

Solução criada pela Visual Net permite que o gestor da empresa saiba o local onde os pesquisadores estão trabalhando e tenha acesso aos resultados em tempo real. A solução permite que a empresa contratante faça pesquisas obtendo os resultados em tempo real, por meio de uma comunicação on-line entre o PDA/Smartphone do pesquisador que trabalha na rua e o servidor onde o questionário foi desenvolvido. Este fator descarta a realização de um levantamento de dados depois que as pesquisas são concluídas, pois assim que uma questão é respondida, o responsável que está na central tem acesso imediato a ela.

A ferramenta conta também com um módulo de GPS embutido que permite que o gestor da empresa saiba o local onde os pesquisadores estão trabalhando. Além disso, por meio do GPS o contratante do serviço consegue evitar fraudes, como a que foi descoberta em Indaiatuba, no interior de São Paulo, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no mês passado. Na ocasião, pelo menos cinco recenseadores foram afastados sob suspeita de manipular dados de 18 das 236 áreas de residências da cidade. Leia mais...

 

sábado, 27 de novembro de 2010

Cai pela metade número de extremamente pobres com insegurança alimentar grave


26/11/2010 14:45
O levantamento sobre segurança alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgado pelo IBGE aponta que, de 2004 a 2009, o número de pessoas extremamente pobres em situação de insegurança alimentar grave caiu de 8,4 milhões para 4,4 milhões
Rio de Janeiro, 26 – No conjunto de brasileiros em situação de extrema pobreza, com renda de até um quarto do salário mínimo, foi identificada a maior redução, em números absolutos, da insegurança alimentar grave. De 2004 para 2009, caiu de 8,4 milhões para 4,4 milhões o quantitativo de pessoas com a mais baixa renda neste quadro, uma redução de 48%.

A diminuição foi constatada no levantamento sobre segurança alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (26). É a segunda vez que a instituição, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), faz esse trabalho. Ao entrevistar as pessoas, a Pnad afere a percepção delas em relação à segurança alimentar. Os dados permitem fazer uma comparação da situação alimentar dos brasileiros entre 2004 e 2009 e monitorar a eficácia das ações de combate à fome, que é uma prioridade do Governo. Leia mais...


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Brasileiro diz que não paga mais por produto ‘verde’

 Fonte: Estadão 

Rejeição a custo maior por mercadorias sustentáveis atinge mais de 90% da população, segundo pesquisa feita em 11 capitais


 A população brasileira está atenta às questões ambientais, mas tem dificuldade de colocar isso em prática no dia a dia. Especialmente se para isso tiver de gastar – mais de 90% dos brasileiros não estão dispostos a desembolsar mais para comprar produtos ecologicamente corretos, como eletrodomésticos mais econômicos e alimentos orgânicos. 
Por outro lado, há disposição para economizar água (63% da população) e energia elétrica (48%) e para deixar de usar sacolas plásticas (40%).
Esses são alguns resultados da pesquisa Sustentabilidade: Aqui e Agora, encomendada pelo Ministério do Meio Ambiente e pela rede de supermercados Walmart, que será apresentada hoje em São Paulo. Foram ouvidas 1,1 mi pessoas em 11 capitais. O objetivo do estudo, realizado pela empresa de pesquisas Synovate, é entender os hábitos dos brasileiros em relação a temas como consumo verde, lixo, reciclagem e sua percepção em relação aos problemas ambientais.
Embora 74% das pessoas se digam motivadas a comprar produtos que tenham sido produzidos com menor impacto ambiental, o fator custo é um limitante na hora de tomar a decisão. Segundo a pesquisa, 93% dos entrevistados não estão dispostos a comprar eletrodomésticos mais econômicos se eles custarem mais caro. Em relação a alimentos, 91% não aceitam pagar mais por produtos cultivados sem produtos químicos e apenas 27% compraram produtos orgânicos nos últimos 12 meses.Leia texto completo

Aluguel de imóvel para o Réveillon no litoral paulista sobe até 132%

fonte: Folha online

Quem estiver planejando alugar um imóvel para passar o feriado de Ano-Novo no litoral paulista pode desembolsar mais do dobro do que era pago no ano passado ou até bem menos do que em 2009, dependendo da praia escolhida para a virada.
O valor do aluguel de apartamentos e casas teve aumento de até 132%, de acordo com os dados da pesquisa do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) do Estado de São Paulo com 72 imobiliárias em 12 cidades.

  O maior acréscimo foi encontrado nos apartamentos de quatro dormitórios no chamado litoral central (Santos, São Vicente, Guarujá, Bertioga), no qual o aluguel diário passou de R$ 663 para R$ 1.540. A locação de casas com a mesma quantidade de quartos subiu 44%.
No outro extremo, o aluguel de apartamentos de três quartos no litoral sul (Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Praia Grande) ficou 39% mais barato, passando de R$ 652 para R$ 400. Na mesma região, as casas seguiram o movimento inverso, apresentando alta de 38%. 

De acordo com a pesquisa, a maioria dos proprietários determinou aos corretores e imobiliárias que fechem pacotes de locação pelo período mínimo de dez dias. 

"Há sempre a possibilidade de fazer um acordo por menos tempo, mas quanto maior o número de dias mais fácil negociar uma diminuição no valor", afirma o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto. "Esse negócio tem muita pechincha. Depende de cada um."
A sugestão de visitar o local ou pelo menos conferir fotos para ver as condições reais do imóvel é reforçada por ele, assim como o cuidado com estelionatários. 

Casas em uma das praias do Guarujá, no litoral de São Paulo
"Numa casa de classe média na Praia Grande vi um aviso dizendo "esse imóvel não está para locação temporária'", acrescentou, sugerindo a consulta aos locais que constam no site da entidade para ter mais segurança.
Hilton Pecorari, diretor de locação residencial do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), recomenda que o contrato traga detalhes como o número de utensílios, como copos, talheres e panelas, e a relação de eletrodomésticos e eletrônicos que estarão à disposição na casa.
Os inquilinos devem checar logo ao entrar se tudo está como acordado para detectar possíveis falhas e informar ao locador na devolução das chaves, evitando o pagamento de indenização pelo dano.
Outra dica é determinar quantas pessoas podem usar o imóvel, para evitar superlotação e consumo excessivo de água e energia. Ele aconselha ainda atenção especial ao preço. "Desconfie se ele for muito inferior à média de mercado, porque isso pode sinalizar problemas."

Anatel acaba com limitações para TV a cabo

 fonte: m&m online

Agência vai elaborar regulamentação com condições para as novas concessões, que não necessitam mais de concorrência

 
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta quinta-feira, 25, mudanças no Planejamento do Serviço de TV a Cabo, que acaba com a limitação do número de emissão de outorgas para empresas em cada localidade e com a necessidade de licitação para a concessão.

Cada outorga deverá custar R$ 9 mil e poderá ser dada para atuação em mais de um município. A Anatel vai elaborar uma regulamentação específica estabelecendo condições para as novas concessões, que podem ser em relação a limites ou a encargos, como já foi adotado na abertura do mercado de telefonia fixa e na licitação de telefonia celular de terceira geração.

A intenção da Anatel com a abertura do mercado é aumentar a competição e contribuir para a massificação do serviço de TV por assinatura, que hoje atende a 9 milhões de residências. O relator da proposta, conselheiro Jarbas Valente, prevê que em um ou dois anos o preço dos serviços diminua. "Quanto mais operadoras tiver, de maior porte, isso gera escala, e os preços caem. O usuário final vai ter serviços de mais qualidade e menor preço, não só nos grandes centros, mas também em todos os locais do país".

Valente lembrou que a revisão do planejamento do setor é necessária, pois as condições do mercado são distintas das de 15 anos atrás, quando as primeiras regras foram elaboradas. "Toda vez que liberamos mercado é natural que haja reclamações, porque quem está no mercado quer ficar sozinho. Mas nossa decisão tem embasamento jurídico, não passamos por cima de nada".

O novo regulamento será submetido à consulta pública, e as regras serão aplicadas em seis meses aproximadamente. A Anatel também aprovou a retirada da cláusula que proíbe empresas de telefonia fixa de atuar no mercado de TV por assinatura, que atualmente consta dos contratos de concessão firmado com as operadoras.

As informações são da Agência Brasil.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quanto custa o nosso lixo?


Foi pensando em uma saída para esse problema, que o governo federal sancionou em agosto a Lei Nacional dos Resíduos Sólidos, mais conhecida como a Lei do Lixo, que obriga as empresas a darem um fim correto aos seus produtos.

A nova lei, que há 20 anos tramitava no Congresso, faz com que produtores, distribuidores e importadores sejam responsabilizados por todo o ciclo do seu produto: eletrodomésticos, lâmpada, embalagens, pilhas, celulares, baterias. Todos os envolvidos  terão que se responsabilizar pelo retorno, separação e destino final.
Mas qual a vantagem da lei? Além de contribuir para a limpeza do planeta, ela poderá criar uma economia à parte, conhecida como a economia da logística reversa, da qual as empresas precisarão se especializar e consequentemente contratar pessoas, gerar renda e emprego para realizar todo o trâmite. Leia mais...

Pesquisa aponta que 60% dos brasileiros são a favor de lei que institua o banimento das sacolas plasticas


A pesquisa "Sustentabilidade: Aqui e Agora" aponta que 60% dos brasileiros são a favor de uma lei que institua o banimento de sacolas plásticas. Esse e outros resultados da pesquisa sobre a percepção dos brasileiros com relação ao meio ambiente, hábitos de consumo e principais formas de contribuição para um futuro mais sustentável serão apresentados pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em São Paulo.

Entre os dados mais positivos da pesquisa, o Meio Ambiente aparece como prioridade sobre o crescimento econômico. O estudo ainda mostra que a população crê que qualquer mudança causada na nature­za pela ação humana provavelmente vai piorar as coisas e também que só com grandes mudanças de hábito e de consumo será possível conservar os recursos naturais.

Esgoto, lixo, enchentes são reconhecidos como problemas ambientais e a população se mostra disposta a separar lixo para a reciclagem, eliminar o desperdício de água e participar de campanhas de redução de energia.

A pesquisa foi realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Instituto Synovate e o Wal-Mart Brasil, para identificar o potencial de adesão da população a comportamentos ambientalmente responsáveis e as contradições, mitos e erros de informação, que levam milhares de cidadãos a agirem de modo ainda predador e pouco engajado.

Histórico - O Ministério vem realizando a cada quatro anos, desde 1992, pesquisa nacional que acompanha a evolução da consciência ambiental no País. Os dados da pesquisa "O que os brasilei­ros pensam do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sus­tentável" (MMA-Iser, 1992, 1997, 2020, 2006) revelam que a consciência cresce em todas as classes sociais e regiões brasileiras, mas que ainda existe um abismo entre a preocu­pação e o comportamento efetivo. Mais do que isso, persiste a tendência dos brasileiros considerarem como "meio am­biente" apenas flora e fauna, deixando de fora o ambiente humano por excelência que são as cidades.

Ministério do Meio Ambiente

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Estudo aponta que donos de Iphones são os mais satisfeitos com seus telefones.

foto: fashionfunk
Fonte: Estadão
Um estudo da ChangeWave comprova: quem tem um iPhone continua a ser o dono de celular mais satisfeito com seu aparelho. 77% das pessoas que possuem um celular da Apple disseram estar “muito satisfeitos”.
Em maio, a mesma pesquisa apontou que o grau de satisfação com o aparelho 3GS (o mais bem colocado na época) era de 81%. Agora, foi o iPhone 4 com 32 GB de memória que foi melhor avaliado por seus usuários: 84% de aprovação máxima, mesmo com os problemas na antena.
A Motorola vem em segundo lugar em nível de satisfação, como 71% dos consumidores muitos satisfeitos. O Milestone 2 agradou totalmente 74% de seus usuários, 5% a mais que seu antecessor.

O EVO 4G da HTC, apesar de aprovação de 76%, superior à da Milestone 2, não conseguiu levar sua fabricante para o segundo lugar a lista. A culpa é dos demais produtos da marca, que tiveram em média apenas 45% dos usuários plenamente contentes com seu aparelho. A HTC ficou na terceira posição com 63% de satisfação máxima.
O Galaxy S, recém lançado pela Samsung, conquistou totalmente 55% de seus usuários, e a empresa teve média de 28% de aprovação. O Torch, da RIM, satisfez 64% de seus compradores, 16 pontos percentuais a mais que o Blackberry Bold, o modelo anterior, mas esse crescimento não foi suficiente para tirar a empresa do quarto lugar.
O ChanceWave, centro de pesquisa independente, entrevistou 1.212 pessoas que compraram um smartphone nos últimos seis meses.  Um das perguntas feitas aos usuários que não são clientes da operadora AT&T foi se, caso o iPhone estivesse disponível também para outras operadoras, eles trocariam de celular.
E 46% responderam que não. Se manteriam fieis a seus smartphones atuais. Mas ainda há os 34% que disseram que sim, que migrariam para o telefone da Apple caso acabasse a exclusividade com a AT&T nos Estados Unidos, o que mostra uma grande fatia de mercado americano que ainda pode ser explorada pela empresa de Steve Jobs. Os outros 20% não souberam responder.

Agricultura familiar atende estudantes de 1.576 municípios

Do Blog: Com a lei que obriga 30% da merenda escolar ser oriunda da agricultura familiar, já é possível medir o avanço de tal medida, importante para o desenvolvimento de um país mais sustentável.

Fonte: Ministério da Educação

Exatos 1.576 municípios brasileiros já estão comprando produtos da agricultura familiar para servir aos estudantes das redes públicas. Outros 434 publicaram chamadas públicas e em breve também iniciarão as aquisições. Esses números foram divulgados durante o 5º Encontro Nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que está sendo promovido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na Bahia.

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Começa nessa 4a feira a Feira do Livro da USP

fonte: Estado de São Paulo
A partir desta quarta-feira, 24, até o dia 26, sexta-feira, acontece no saguão do prédio da Geografia e História, na USP, a  12ª Festa do Livro.
Os livros terão um desconto mínimo de 50%.  Veja a lista das editoras participantes aqui.
Onde: Cidade Universitária. Av. Professor Lineu Prestes, 338. Informações: 3091-3220.

Brasileiro Prefere Trabalhar em Casa

fonte: Consumidor Moderno

A maioria dos brasileiros acredita que a produtividade não está relacionada com a jornada de trabalho dentro das empresas. Uma pesquisa encomendada pela Cisco revela que 76% acreditam que não é preciso estar fisicamente no local de trabalho para ser produtivo. A preferência dos brasileiros por trabalhar remotamente está acima da média mundial, que foi de 60%, e só abaixo da Índia, com 93% e China, com 81%.
A pesquisa também revelou que 83% dos brasileiros estariam dispostos a trocar salários altos por maior mobilidade e flexibilidade de horário de trabalho. A média mundial para este item foi de 66%.
"Este resultado reflete o desejo dos profissionais pela mobilidade como forma de aliar suas responsabilidades com qualidade de vida. Isso tem sido cada vez mais realidade com o u so de soluções tecnológicas pelas empresas", afirma Ghassan Dreibi Junior, gerente de desenvolvimento de negócios de Segurança para a América Latina.
Intitulada "Cisco Connected World Report", a pesquisa foi realizada com cerca de 2.600 pessoas, entre usuários finais e executivos de TI de 13 países: Brasil, EUA, México, Reino Unido, França, Espanha, Alemanha, Itália, Rússia, Índia, China, Japão e Austrália. As entrevistas foram realizadas entre 16 de agosto e 7 de setembro.
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Previsões (especulações) para política em 2011

Por Patricia Adriano
 
Passadas as eleições, começa agora as especulações e previsões para o futuro dos eleitos, derrotados, ministros e ex-governantes, que muito nos dizem respeito. Juntando isso a costumeira ansiedade de fim de ano, vivemos agora clima de fortes emoções em relação ao que virá.
 Já se sabe que Dilma subirá a rampa do planalto as 14hs do dia 1º de janeiro, quando o presidente Lula passará a faixa para a primeira mulher presidente (ou presidenta) do Brasil. Até agora é a única certeza que temos, além da permanência de Guido Mantega a frente do Ministério da Fazenda. Parece que a revelação sobre a equipe que conduzirá a vida do país nos próximos 4 anos, será revelada até 15 de dezembro, haja palpite até lá. 
 Especulações murmuram que Henrique Meirelles pode não permanecer na presidencia do BC e que o próximo pode ser aquele que adotará uma postura menos ortodoxa em relação as taxas de juros, o que daria uma outra cara para a política econômica do país. Dilma já salientou que pretende que a taxa de juros reais chegue a 2% ao ano ao final de seu mandato, em 2014, a mesma executada pelos principais países emergentes. Se isso for verdade, Henrique Meirelles não seria realmente a pessoa mais indicada para estar a frente do BC. E as bolsas acordaram  alvoroçadas com a possibilidade!
E agora para os que saem do governo, o que fará Luis Inácio Lula Silva sem o carregar consigo o posto máximo da nação? Já se disse de tudo, mas o mais provável é que dirija um instituto que levaria seu nome, viajaria o país e/ou se envolveria com as políticas sociais dos países do continente africano. Estará preparando durante esse tempo seu retorno em 2014? Quem saberá? Só que sabemos é que já existe um prédio de três andares para abrigar o tal instituto e fica aqui perto, próximo ao parque do Ibirapuera.
  Quem também parece que irá presidir um instituto é o candidato derrotado José Serra,  que, segundo matéria do Estado de São Paulo, deverá assumir o Instituto Teotonio Vilela, ITV, do PSDB. Esse parece, pelo menos, ser o desejo do partido, que ao arrumar um lugar para Serra  pode estar querendo amenizar conflitos latentes entre tucanos de São Paulo e Minas Gerais. Só não entendemos uma coisa: o Estadão relatou que Serra irá na dianteira do Instituto viajar (também?) pelo país ao lado de Aécio (?!) para trabalhar pela refundação do partido. Porém FHC em palestra em BH já afirmou que não haverá refundação nenhuma. O que estará pensando Aécio de tudo isso?
Bom, só nos resta aguardar que 2011 chegue para por fim as nossas dúvidas. Os mais aflitos e crédulos podem recorrer a futurologia, nós vamos preferir ficar mesmo na expectativa, acompanhando de perto os próximos acontecimentos!

Fiquemos com "O Amanhã" de Simone

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Estudo aponta grande quantidade de sódio em alimentos industrializados

 Fonte: Anvisa

A quantidade de sódio encontrado na batata palha pode variar em até 14 vezes de marca para marca.  Já nos salgadinhos de milho, essa diferença chega a 12,5. É o que revela estudo apresentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta quinta-feira (18/11), em Brasília. O estudo verificou a quantidade de sódio, gordura saturada, gordura trans e açúcares em mais de 20 categorias de alimentos industrializados.

O caso do macarrão instantâneo com tempero também chamou atenção pela grande quantidade de sódio encontrada. “Em algumas amostras ficou constatado que, ao comer uma única porção desse alimento, a pessoa está ingerindo 167% do sódio recomendado para ser consumido durante todo dia”, explica a diretora da Anvisa Maria Cecília Brito.
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Crise teve pouco impacto nas emissões mundiais de CO2

Neste ano, segundo estudo, quantidade de gás carbônico deve aumentar novamente, em mais de 3%

fonte: Revista Exame
Paris - O impacto da crise sobre as emissões mundiais de gás carbônico pelo uso de energias fósseis foi menor do que o esperado, já que a redução nos países industrializados foi compensada pelo forte crescimento da China e Índia, segundo um estudo publicado neste domingo.
Em 2010, estas emissões devem aumentar novamente, segundo este estudo, realizado pelo Global Carbon Project (GCP) - organismo que reúne mais de 30 especialistas do clima - publicado pela revista Nature Geoscience. 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Governo aprova Sistema Nacional de Comércio Justo

Por Patricia Adriano

Nessa semana o presidente Lula aprovou a lei que estabelece o Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário no Brasil. Um sistema certificador de comércio justo nacional cuja característica é a certificação participativa, ou seja, feita pelos próprios produtores. 

Colocou fim, dessa forma, a alguns anos de espera de diversas entidades não governamentais e produtores que lutavam pela aprovação da Instrução Normativa do Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário.

Mas, o que é Comércio Justo?

Comércio justo é o termo utilizado para caracterizar relações justas de comercialização a partir de alguns critérios estabelecidos como preço, origem do produto, preservação do meio ambiente, etc. O que temos até hoje é o  comércio justo internacional de trocas comerciais do hemisfério sul para o hemisfério norte. 

De uns anos para cá, na Europa e Estados Unidos principalmente, vem crescendo o número de consumidores ditos conscientes que exigem conhecer as origens dos produtos que consomem, ou seja, se o recurso empregado na compra estará apoiando comunidades carentes, melhorando a vida das pessoas, ou explorando o trabalho infantil e a devastação das florestas. 

Trata-se de uma reação ao desequilíbrio das forças econômicas históricas entre o hemisfério norte e sul, uma certa forma de compensação pelos séculos de exploração que resultaram na pobreza desses continentes. 

Esses produtos em geral são vendidos a um preço mais alto e esses consumidores aceitam paga-los devido a essas características. 

Segundo a  Faces do Brasil , plataforma de discussão do comercio justo, a idéia de fortalecer o comércio justo nacional é possibilitar as vantagens levadas aos consumidores americanos e eurpoeus para os brasileiros. Ou seja, que os brasileiros tenham essa prática de escolher o que vão comprar baseados em crítérios de "justiça e solidariedade".

 Para adequar-se ao Sistema Nacional de Comércio Justo, o produtor deve respeitar princípios e critérios estabelecidos pelo coletivo de produtores e entidades. Gestão democrática, relações eqüitativas entre homens e mulheres, formação de preço justo, segurança no trabalho são alguns desses critérios cuja implantação no empreendimento não necessita ser imediata. Ou seja, se o empreendimento não respeitar 100%  dos critérios de uma vez, haverá um plano de melhoria com metas executáveis, assessoria e formação para que avance em todos eles. 

A aprovação foi uma grande conquista porque a certificação será feita por esse coletivo de produtores e entidades sem custo, ou seja, a grantia é dada pelos maiores interessados em que cumpram os princípio e critérios. Avança também no respeito ao hoje precarizado tratamento dado ao consumidor. 

Patricia Adriano é psicóloga, diretora do Instituto Informa Brasil, consultora da ANTEAG e membro do conselho de gestão da Faces do Brasil.

Estudo revela perfil de saúde e nutrição dos povos indígenas no Brasil

Os indígenas representam menos de 1% do contingente populacional brasileiro - aproximadamente 500 mil pessoas -, divididos em mais de 200 etnias que falam cerca de 180 línguas. Devido às drásticas transformações em seus estilos de vida associadas à interação com os não índios, começam a sofrer de obesidade, hipertensão arterial e diabetes. São também elevadas as prevalências de desnutrição em crianças e de anemia em mulheres e crianças. Esses são resultados do maior estudo sobre povos indígenas já realizado no país, Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas, que teve a coordenação geral do pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Carlos Coimbra Jr., e apresenta uma radiografia das condições de vida desses povos.
Os povos indígenas estão presentes em todos os estados do país, exceto no Piauí e no Rio Grande do Norte, e as terras indígenas ocupam aproximadamente 15% do território nacional. De acordo com o inquérito, o processo histórico vivido por toda a população brasileira também alterou drasticamente os sistemas de subsistência indígenas. Muitos índios, hoje, vivem em áreas urbanas e, por isso, não mais produzem diretamente os alimentos consumidos. Segundo a pesquisa, "pressões exercidas pela expansão dos projetos de colonização rural e empresas agropecuárias, garimpos e indústria extrativista, aliadas a ambientes degradados, comprometem seriamente sua segurança alimentar e saúde geral".
Esse inquérito nacional é uma realização da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social de Combate à Fome. Ele foi financiado pelo Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e executado por meio de uma parceria entre a Abrasco e o Instituto de Estudos Ibero-Americanos, da Universidade de Gotenburgo, na Suécia. O inquérito teve a participação de pesquisadores de dezenas de instituições brasileiras, sob coordenação geral de pesquisadores da Ensp (Carlos Coimbra Jr., Ricardo Ventura dos Santos e Andrey Cardoso) e da Universidade Federal de Pelotas (Bernardo Horta). Na Ensp, a equipe também tem a participação de alunos dos programas de pós-graduação da Escola e egressos.
Estudos realizados ao longo dos últimos anos têm abordado, em diferentes graus de profundidade, aspectos biológicos, antropológicos e ecológicos do processo saúde-doença e nutrição em comunidades e/ou etnias específicas. "Apesar de limitados quanto à sua representatividade étnica e nacional, o conjunto desses estudos chama a atenção para uma clara tendência de acelerada transição epidemiológica e nutricional entre os indígenas. Vale ainda destacar que essas mesmas pesquisas apontam para dois aspectos peculiares ao processo da transição entre os indígenas, que diverge da tendência observada na população brasileira geral - a permanência das doenças infecciosas e parasitárias como principal causa de mortalidade, apesar da rápida emergência das doenças crônicas não transmissíveis e a manutenção de elevadas taxas de fecundidade".
Os resultados do inquérito aprofundam e ampliam o conhecimento sobre saúde indígena no Brasil, que vem sendo construído nas últimas décadas, já que se baseou em uma amostra representativa para todo o país. Os pesquisadores do inquérito apontam a mudança do perfil epidemiológico-nutricional como um quadro preocupante, no qual as crianças parecem particularmente atingidas, mas os adolescentes e os adultos também não estão livres de problemas de ordem nutricional. Leia mais...

A COBERTURA DE CIÊNCIA POR JORNAIS DIÁRIOS: EM PAUTA A PESQUISA NACIONAL NA ARGENTINA, NO BRASIL E NO MÉXICO

1. INTRODUÇÃO
A mídia ocupa espaço importante como fonte de informações sobre temas de ciência e tecnologia. Nos Estados Unidos, a TV ocupa o primeiro lugar no ranking de fontes de informações de ciência e tecnologia, seguida pelos jornais diários (National Science Foundation, 2004). Cenário similar é registrado em países europeus (Eurobarometer, 2001; Wellcome Trust, 2000). A mesma tendência parece existir na América Latina, conforme enquete realizada pela Fundación Española para la Ciencia y la Tecnologia, pela Organización de los Estados Americanos e pelo Centro de Estudios sobre Ciencia, Desarrollo y Educación Superior-REDES/RICYT/Argentina em cinco cidades da região (Bogotá, Buenos Aires, Caracas, Santiago do Chile e São Paulo), na qual se mostraram valores de entre 60% (Caracas) e 80% (demais cidades) para os entrevistados que afirmaram assistir documentários de ciência, tecnologia e natureza na TV; de 30% (São Paulo) a 60% (Buenos Aires) para os entrevistados que afirmaram usar jornais diários como fonte de informações em ciência e tecnologia.1 No Brasil, enquete realizada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, em parceria com a Academia Brasileira de Ciências, com colaboração do Labjor/Unicamp, de REDES/RICYT e da London School of Economics/Inglaterra, mostrou que 62% e 44% dos entrevistados usam, respectivamente, a TV e os jornais diários como fontes de informações sobre ciência e tecnologia. Leia mais:

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Brasileiro confia no discurso verde das empresas

por mmonline

Estudo do grupo Havas feito com 13 países indica que o público daqui é o que mais acredita que questões socioambientais podem ser resolvidas pela ação das companhias, e não dos governos. No Brasil, Natura se destaca.


A edição 2010 da pesquisa “Futuro Sustentável”, feita pelo grupo Havas, aponta que o brasileiro confia mais nas empresas do que no governo quando o assunto é sustentabilidade. De acordo com esse estudo, que ouviu 30 mil pessoas por meio de sondagem pela internet, 60% dos habitantes daqui têm essa visão – de que as companhias podem lidar melhor com problemas socioambientais –, enquanto que a média geral ficou em 40%.

Em relação ao trabalho feito em 2009, a pesquisa indica que a preocupação do brasileiro com o assunto aumentou. No levantamento atual, 58% dos entrevistados daqui disseram estar mais atentos, um aumento de nove pontos percentuais.

Sobre o papel das empresas, na análise global, 76% dos consultados (contra 70% em 2009) colocam nas companhias – e não nos governos – a responsabilidade por medidas sustentáveis e sociais. Mas 68% entendem que as corporações somente falam de sustentabilidade para melhorar a imagem. Esse índice entre os brasileiros é significativamente menor: 23%.

Se a avaliação for pelo outro lado, o do envolvimento governamental, nós somos céticos. Dos brasileiros, 40% não acreditam que o poder público possa resolver problemas nesse campo. Para os consultados dos demais países, o percentual de descrença é mais baixo, 21%.

Além de depositar sua fé nas empresas, os brasileiros gostam de premiar as companhias, mais do que as demais populações. Essa disposição é encontrada em 90% dos entrevistados, enquanto que o índice global ficou em 80%. De todos os brasileiros ouvidos, 82% puniram de algum modo as corporações que não adotam práticas socioambientais – no restante do mundo o percentual ficou em 90%.

Perguntado se, diante de tais números, o brasileiro é mais bonzinho, o coordenador do trabalho no País, André Zimmermann, da Media Contacts (uma das agências do grupo Havas), prefere dizer que o público é menos crítico. “Parte dos resultados tem mais a ver com a maturidade dos mercados desenvolvidos. Nesses lugares, a população é mais exigente porque o ‘fazer algo’ deixou de ser um diferencial”, explica.

Marcas

Entre os temas sondados está o desempenho das marcas. Os brasileiros citaram espontaneamente a Natura como a empresa mais ligada à sustentabilidade, com 27% das respostas. Em segundo lugar ficou a Petrobras (22%). Nestlé (15%), Vale (14%) e Banco Real e Bradesco (9% cada) vêm em seguida.

Nos Estados Unidos, a dianteira coube ao Walmart, com 8% das citações. A segunda posição está dividida entre GE e Johnson & Johnson, com 5% cada. Globalmente, a corporação que mais se destacou foi a Ikea.

Para Hernan Sanchez, CEO da Havas Intelligence e coordenador do estudo mundial, os resultados demonstram que as corporações ganham importância e valor aos olhos do consumidor caso estejam efetivamente comprometidas com a sustentabilidade. Os pesquisadores perguntaram se os entrevistados ficariam preocupados com o desaparecimento de uma companhia no futuro.

“Eles não se incomodariam se dois terços das marcas globais sumissem. Mas descobrimos também uma forte relação entre as marcas e a sustentabilidade, sugerindo que quanto mais sustentável ela for, mais importante ela será para o consumidor”, alerta. Por isso, Sanchez salienta: “Quando uma empresa se preocupa com as pessoas, a sociedade, o planeta e contribui para fazer a diferença, ela redefine sua relação com o público”.

Segundo Zimmerman, isso deixa claro que há grandes oportunidades para as marcas. Como, no entanto, há também ceticismo em relação ao posicionamento das empresas, ele diz que é preciso propagar adequadamente o que se faz. “As empresas devem comunicar se tem práticas consistentes, mas será melhor se elas puderam incluir o público. Seria algo assim: temos um projeto de reflorestamento e você pode contribuir desta maneira. Isso faz mais sentido para o consumidor, que busca informações”, recomenda.

Consumidores mais engajados

A pesquisa “Futuro Sustentável 2010” avaliou também o engajamento dos consumidores. O público foi classificado em cinco perfis, conforme a relação do entrevistado com o tema da sustentabilidade: dedicados, passivos, céticos, descompromissados e críticos. Os resultados apontam que os desinteressados diminuíram. O perfil que mais cresce é o dos dedicados.

Os devotados são 46% dos brasileiros, um aumento de 10% sobre o número de 2009. Os passivos são 17%, mesmo índice da edição anterior. Os críticos correspondem a 16%, uma alta de 2%. Os céticos e os descompromissados respondem por 11%.

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