Notícias

 Facebook promove evento pelo "orgulho nordestino"
Fonte: MM Online
Como uma resposta às manifestações de racismo que se disseminaram pelas redes sociais logo após o anúncio do resultado das eleições presidenciais, alguns usuários da rede social Facebook deram início a um movimento que tem como objetivo valorizar a cultura e o povo nordestino.

Criada no formato de um evento, a página Dia do Nordeste (clique aqui) convida os participantes da rede (nordestinos ou não) a utilizar o próximo sábado, dia 6 de novembro, para compartilhar links, poesias, imagens, vídeos ou qualquer outro conteúdo relacionado a região nordestina.

Na descrição da página, o evento é apresentado como um ato contra a xenofobia e como uma maneira de ressaltar o orgulho nordestino. A ideia é que a divulgação seja feita pelos próprios usuários, convidando os contatos de sua lista de amigos a se engajarem na ideia. O Dia do Nordeste no Facebook acontecerá entre a 0h do sábado 6 até a 0h do domingo 7.

Até o final da tarde de quinta-feira 4, a página já contava com mais de 1250 participantes confirmados no evento virtual.

Polêmica
A ideia de resgatar o valor e a cultura do Nordeste nasceu como resposta à uma série de ataques direcionados à região brasileira, postados sobretudo no Twitter desde o último dia 31. Para manifestar seu desagrado em relação a vitória da presidente eleita, Dilma Rousseff, alguns internautas começaram a postar mensagens ofensivas ao povo do Nordeste (região que concentra o maior número de eleitores da candidata do PT), sugerindo até atitudes de violência contra cidadãos nordestinos.

Para tentar barrar a onda de comentários racistas, um blog foi criado especialmente para denunciar os perfis dos internautas que haviam iniciado o movimento. A repercussão rapidamente ganhou notoriedade, chegando à imprensa e se tornando um dos assuntos mais comentados dentro das redes sociais. A OAB de Pernambuco já anunciou que irá processar a jovem que teria iniciado a leva de comentários.

 

Software apresenta nova maneira de fazer pesquisas de opinião

Fonte: Meta Análise 
Solução criada pela Visual Net permite que o gestor da empresa saiba o local onde os pesquisadores estão trabalhando e tenha acesso aos resultados em tempo real.

Por meio de pesquisas, qualquer empresa pode adquirir um conhecimento valioso sobre as atitudes, gostos e opiniões de seus clientes. Elas são fundamentais para que haja um bom atendimento e proximidade por parte da empresa e, por isso, os resultados que as pesquisas apresentam auxiliam no direcionamento dos principais objetivos da corporação. Foi pensando nisso que o Diretor de Operações da Visual Net, Alberto Iglesias, desenvolveu o SPO – Solução de Pesquisas e Opinião.

A solução permite que a empresa contratante faça pesquisas obtendo os resultados em tempo real, por meio de uma comunicação on-line entre o PDA/Smartphone do pesquisador que trabalha na rua e o servidor onde o questionário foi desenvolvido. Este fator descarta a realização de um levantamento de dados depois que as pesquisas são concluídas, pois assim que uma questão é respondida, o responsável que está na central tem acesso imediato a ela.

A ferramenta conta também com um módulo de GPS embutido que permite que o gestor da empresa saiba o local onde os pesquisadores estão trabalhando. Além disso, por meio do GPS o contratante do serviço consegue evitar fraudes, como a que foi descoberta em Indaiatuba, no interior de São Paulo, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no mês passado. Na ocasião, pelo menos cinco recenseadores foram afastados sob suspeita de manipular dados de 18 das 236 áreas de residências da cidade.
O dispositivo também alerta o funcionário ao se aproximar de uma loja da rede para a qual a pesquisa é realizada, por exemplo, podendo convidar o entrevistado a fazer uma visita para conhecer os produtos. “O questionário do SPO pode ser ativado somente na área onde será respondido, ou seja, o controle de ativação das pesquisas pode ser realizado através do GPS embutido, que limita a operação somente naquela área, dificultando a chance de fraudes nas respostas”, diz Iglesias.

O SPO pode ser aplicado em diversos tipos de pesquisa: Eleitoral, Censo, satisfação de clientes, de mídia, de mercado e auditoria. Entre outras aplicações da solução estão: avaliação de desempenho, endo-marketing, endo-satisfação, avaliação de eventos e treinamentos e provas on-line/em tempo real. O software é compatível com a maioria dos smartphones e PDA’s com Windows Mobile. Pela rapidez na troca de informações, a solução é ideal para qualquer tipo de pesquisa, principalmente para aquelas que precisam atingir um grande número de pessoas, como o Censo, ou para saber a opinião da população sobre grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016.

Cai pela metade número de extremamente pobres com insegurança alimentar grave

26/11/2010 14:45
O levantamento sobre segurança alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgado pelo IBGE aponta que, de 2004 a 2009, o número de pessoas extremamente pobres em situação de insegurança alimentar grave caiu de 8,4 milhões para 4,4 milhões
Rio de Janeiro, 26 – No conjunto de brasileiros em situação de extrema pobreza, com renda de até um quarto do salário mínimo, foi identificada a maior redução, em números absolutos, da insegurança alimentar grave. De 2004 para 2009, caiu de 8,4 milhões para 4,4 milhões o quantitativo de pessoas com a mais baixa renda neste quadro, uma redução de 48%.

A diminuição foi constatada no levantamento sobre segurança alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (26). É a segunda vez que a instituição, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), faz esse trabalho. Ao entrevistar as pessoas, a Pnad afere a percepção delas em relação à segurança alimentar. Os dados permitem fazer uma comparação da situação alimentar dos brasileiros entre 2004 e 2009 e monitorar a eficácia das ações de combate à fome, que é uma prioridade do Governo.

De acordo com a pesquisa, é possível verificar que o número de extremamente pobres no quadro geral de insegurança alimentar (leve, moderado ou grave) diminuiu de 27,2 milhões para 14,3 milhões de pessoas, uma queda de 47%. Essa mudança também pode ser explicada pelo contingente de pessoas que deixaram a mais baixa faixa de renda nos últimos cinco anos.

O secretário executivo do MDS, Rômulo Paes, presente à divulgação, destaca que a pesquisa apresenta uma evolução positiva geral para o País, com ênfase nos mais pobres. "Os ganhos foram mais substantivos para os com maior vulnerabilidade. O resultado mostra o acerto no foco dos programas sociais. O volume de investimento continua justificável para manter o grau alcançado e avançar mais junto às populações que ainda precisam", enfatizou.

Essa pesquisa leva em conta a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia). São quatro níveis: insegurança alimentar grave: redução quantitativa de alimentos entre as crianças. Caracteriza a fome (quando alguém fica o dia inteiro sem comer por falta de dinheiro para comprar alimentos); insegurança alimentar moderada: redução quantitativa de alimentos entre os adultos; insegurança alimentar leve: incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro e uso de alimentos de qualidade inadequada para não comprometer a quantidade; segurança alimentar: acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente.

Redução da desigualdade – No conjunto da população, independentemente da renda, mais 17 milhões de pessoas passaram a se enquadrar no nível de segurança alimentar (de 109 milhões para 126 milhões). Esse aumento foi registrado em todas as regiões, em especial no Nordeste, e nas áreas rurais e urbanas. No Norte e no Nordeste, também foi identificado um maior aumento no número de famílias com crianças e adolescentes que passaram a se enquadrar no nível de segurança alimentar.

A pesquisa foi aplicada em 154 mil residências, que englobam 400 mil pessoas em 851 municípios. Foram feitas 14 perguntas, elas “nos últimos três meses, os moradores deste domicílio tiveram a preocupação de que a comida acabasse antes que tivessem dinheiro para comprar mais alimentos?”.

No País, no ano passado, 40,1 milhões de pessoas estavam em situação de insegurança alimentar leve, 14,2 milhões no nível moderado e 11,1 milhões no considerado grave. Pela comparação com os dados de 2004, é possível perceber que os casos graves e moderados migraram para a classificação leve, pois diminuiu a quantidade de brasileiros nos dois patamares inferiores e aumentou no intermediário e no primeiro nível.

A pesquisa revelou ainda uma redução da desigualdade em relação à segurança alimentar. Enquanto, na área urbana, esse nível teve uma melhora de 5 pontos percentuais, na zona rural, foi de 10 pontos percentuais. A mesma constatação é em relação à situação de brancos em comparação com pretos e pardos, o segmento com o maior avanço. A Pnad conclui ainda que a escolaridade está diretamente ligada à segurança alimentar.

“Como há uma relação muito grande entre pobreza e segurança alimentar, podemos atribuir ao Bolsa Família uma grande ajuda no combate à desnutrição. Justamente as populações mais pobres, população negra, parda, mulheres, moradores das regiões Norte e Nordeste, que historicamente apresentaram condições desfavoráveis, foram as que apresentaram os melhores resultados”, argumenta Rômulo Paes. “Se nós compararmos o Brasil com países que têm economias semelhantes à nossa e grande investimento em política social, como é o caso do México, nossa situação é muito mais favorável”, acrescenta.

O diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) Francisco Menezes destacou que os resultados da pesquisa mostram que o Bolsa Família está bem focalizado. Durante a divulgação da Pnad, ele, que também faz parte do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), defendeu um aumento no valor do benefício do programa e disse que vê com muita esperança a questão da erradicação da miséria que está sendo colocada pela presidente eleita, Dilma Roussef.

A íntegra da pesquisa está no site do IBGE.

 

 

Brasileiro diz que não paga mais por produto ‘verde’

 

 Fonte: Estadão 

Rejeição a custo maior por mercadorias sustentáveis atinge mais de 90% da população, segundo pesquisa feita em 11 capitais


 A população brasileira está atenta às questões ambientais, mas tem dificuldade de colocar isso em prática no dia a dia. Especialmente se para isso tiver de gastar – mais de 90% dos brasileiros não estão dispostos a desembolsar mais para comprar produtos ecologicamente corretos, como eletrodomésticos mais econômicos e alimentos orgânicos. 
Por outro lado, há disposição para economizar água (63% da população) e energia elétrica (48%) e para deixar de usar sacolas plásticas (40%).
Esses são alguns resultados da pesquisa Sustentabilidade: Aqui e Agora, encomendada pelo Ministério do Meio Ambiente e pela rede de supermercados Walmart, que será apresentada hoje em São Paulo. Foram ouvidas 1,1 mi pessoas em 11 capitais. O objetivo do estudo, realizado pela empresa de pesquisas Synovate, é entender os hábitos dos brasileiros em relação a temas como consumo verde, lixo, reciclagem e sua percepção em relação aos problemas ambientais.

Embora 74% das pessoas se digam motivadas a comprar produtos que tenham sido produzidos com menor impacto ambiental, o fator custo é um limitante na hora de tomar a decisão. Segundo a pesquisa, 93% dos entrevistados não estão dispostos a comprar eletrodomésticos mais econômicos se eles custarem mais caro. Em relação a alimentos, 91% não aceitam pagar mais por produtos cultivados sem produtos químicos e apenas 27% compraram produtos orgânicos nos últimos 12 meses.
Embora 74% das pessoas se digam motivadas a comprar produtos que tenham sido produzidos com menor impacto ambiental, o fator custo é um limitante na hora de tomar a decisão. Segundo a pesquisa, 93% dos entrevistados não estão dispostos a comprar eletrodomésticos mais econômicos se eles custarem mais caro. Em relação a alimentos, 91% não aceitam pagar mais por produtos cultivados sem produtos químicos e apenas 27% compraram produtos orgânicos nos últimos 12 meses.

Outro dado que merece atenção é o de que 59% das pessoas acreditam que a preservação dos recursos naturais deve estar acima das questões relacionadas à economia. “Isso mostra que os brasileiros querem desenvolvimento, mas com atenção às questões ambientais e que é um falso dilema contrapor economia e ecologia”, diz a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. 

Em relação aos resíduos, 53% dos brasileiros ainda não separam o lixo entre seco e úmido para encaminhar à reciclagem. Mas nas capitais que investiram em programas estruturados de coleta seletiva, como Curitiba, o porcentual sobe para 82%, o mais alto do País. 

Mesmo com a falta de estrutura, o brasileiro está disposto a reciclar mais. Segundo o estudo, 66% dos entrevistados aceitariam separar o lixo.
Apesar da disposição para dar destino correto ao lixo, ainda falta informação aos brasileiros sobre como descartar certos tipos de resíduo. Os dados dão conta de que 70% dos consumidores jogam pilhas e baterias no lixo comum; 66% descartam remédios também no lixo comum e 39% jogam óleo usado na pia da cozinha.

Sacolas plásticas. O consumidor tem predisposição a reduzir e até eliminar o uso de sacolas plásticas no seu cotidiano. Embora 90% dos brasileiros façam uso constante das sacolas quando vão às compras, 60% apoiaria uma lei que proibisse o material.

“Há uma ampla inclinação da sociedade para programas e políticas públicas que inibam o uso das sacolas plásticas” afirma Daniela di Fiori, vice-presidente de e sustentabilidade da rede Walmart. Segundo ela, o caminho para reduzir o consumo das sacolas passa por dar mais incentivos ao consumidor.
“Retirar a sacola das lojas foi muito mal-recebido pelo cliente. As pessoas começaram a aderir ao programa de redução de embalagens quando foi ofertado um desconto nas compras por cada sacola recusada”, diz Daniela. A rede concede descontos de R$ 0,03 para cada sacola não utilizada, valor que representa o custo da embalagem.

A pesquisa apontou ainda que é baixo o porcentual de brasileiros dispostos a reduzir os deslocamentos por automóvel particular. Nos últimos 12 meses, apenas 13% dos pesquisados buscou reduzir o uso do automóvel no dia a dia. Em São Paulo, esse número sobe para 18%.
Adriana Charoux, pesquisadora de sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), avalia que ainda faltam condições para que a população exerça atitudes mais sustentáveis no seu dia a dia. 

“Cabe ao governo prover a estrutura de serviços como coleta seletiva e transporte público eficientes”, diz. Segundo ela, é necessário que as empresas incorporem os custos de produzir com padrões mais altos de sustentabilidade. “O consumidor está certo em não aceitar pagar a mais por produtos verdes. Faz parte da realidade a percepção de que já pagamos caro pelos produtos.”




Quanto custa o nosso lixo?


Escrito por *Elaine Medeiros
Como calcular o preço da coleta, transporte, custo ambiental e saúde pública? São Paulo consome R$ 965 milhões por ano com o seu lixo, enquanto o Rio de Janeiro consome R$ 850 milhões. O que cada contribuinte paga é uma taxa que não cobre os gastos, ou seja, quem suja mais não paga mais por isso.

Foi pensando em uma saída para esse problema, que o governo federal sancionou em agosto a Lei Nacional dos Resíduos Sólidos, mais conhecida como a Lei do Lixo, que obriga as empresas a darem um fim correto aos seus produtos.

A nova lei, que há 20 anos tramitava no Congresso, faz com que produtores, distribuidores e importadores sejam responsabilizados por todo o ciclo do seu produto: eletrodomésticos, lâmpada, embalagens, pilhas, celulares, baterias. Todos os envolvidos  terão que se responsabilizar pelo retorno, separação e destino final.
Mas qual a vantagem da lei? Além de contribuir para a limpeza do planeta, ela poderá criar uma economia à parte, conhecida como a economia da logística reversa, da qual as empresas precisarão se especializar e consequentemente contratar pessoas, gerar renda e emprego para realizar todo o trâmite.

Embora a Lei do Lixo ainda precise ser regulamentada, o que deve demorar até 90 dias a contar a partir de agosto, o ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, explica que “ela é fundamental porque define responsabilidades, inclusive sobre lixo eletroeletrônico, lixo hospitalar, política de valorização dos catadores”. Independente desta normatização, a lei já foi promulgada e está em vigor.

Dentre os princípios, a Lei Nacional define que as responsabilidades pelo lixo deverão ser compartilhadas entre governos, indústria, comércio e consumidores. Além disso, ela institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que regulamenta a destinação final dos lixos produzidos, proibindo o lançamento de resíduos sólidos em praias, rios e lagos; e queimadas de lixo a céu aberto. A reciclagem e compostagem – transformação do lixo em adubo – também serão incentivadas, por meio da proibição da coleta de materiais recicláveis em lixões ou aterros sanitários.

Ou seja, os municípios são os titulares do serviço público de saneamento e, no prazo de quatro anos - quando a lei passará a valer em todo o país - nenhuma cidade brasileira poderá jogar lixo reciclável, ou que possa virar composto orgânico, em aterros sanitários. Para estes casos, a solução proposta será fazer parcerias com as cooperativas de catadores, visando o aumento da quantidade de material reciclado, e também com as indústrias.
Mesmo com todo esse tempo de atraso, o Brasil vai começar a tratar o lixo como a Europa faz há dez anos.

Problemas que precisam ser sanados
Um dos problemas a serem considerados quando se trata de lixo é que nem tudo que é reciclável o mercado deseja, e a coleta seletiva é cinco vezes mais cara que a comum.
Segundo Luciano Basto, pesquisador da Coppe-UFRJ, no problema pode estar a solução. “O papel dos catadores é muito pouco percebido. O Brasil tem potencial de gerar 1 milhão de postos de trabalho através da reciclagem”.

Neste caso, e pesquisador sugere parcerias como a melhor saída. “Poderia haver um acordo entre as empresas públicas oficiais que fazem o serviço de coleta e os catadores, para que não fiquem competindo pelo mesmo lixo”, explica.

Para que se tenha uma idéia de bom exemplo, o aterro sanitário de Caieiras (SP) é considerado modelo para uma cidade do tamanho da capital paulista. O lixo que chega das casas é enterrado em valas enormes, em cima de mantas que impedem a contaminação da terra. O chorume, líquido mal-cheiroso que sai do lixo, é tratado e não polui o meio ambiente. O custo é alto: R$ 300 mil por dia, mas em compensação o lixo de quase 10 milhões de habitantes tem um destino considerado mais seguro.

Até as Olimpíadas de 2016, o Rio de Janeiro terá o compromisso de acabar com todos os aterros clandestinos espalhados pela cidade, lugares onde o lixo proibido se multiplica. Só resta saber se agora, com a nova lei, o lixo de todo o país terá definitivamente uma tratamento correto.


 

Agricultura familiar atende estudantes de 1.576 municípios

Exatos 1.576 municípios brasileiros já estão comprando produtos da agricultura familiar para servir aos estudantes das redes públicas. Outros 434 publicaram chamadas públicas e em breve também iniciarão as aquisições. Esses números foram divulgados durante o 5º Encontro Nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que está sendo promovido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na Bahia.

“Esses números mostram que está havendo adesão dos municípios, mas revelam também que ainda temos muito a avançar”, afirmou Ana Muller, da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para os cerca de 500 participantes do encontro, na manhã desta sexta-feira, 19, no auditório do Hotel Pestana, em Salvador. Os resultados, no entanto, podem ser ainda mais promissores, já que apenas 3.122 municípios – de um total de 5.565 – responderam à pesquisa feita em conjunto pelo FNDE e pela secretaria.

O levantamento constatou que as compras da agricultura familiar são mais frequentes nas regiões onde os agricultores estão mais organizados, seja em cooperativas, seja em associações. Na Região Sul, por exemplo, mais de 53% das cidades usam essa produção na merenda de seus alunos.

A diversidade dos gêneros adquiridos também impressiona. “É uma satisfação observar, por meio da pesquisa, que 115 tipos diferentes de alimentos estão sendo vendidos para a merenda, com destaque para hortaliças e legumes”, disse Maria Luiza Silva, responsável pelo setor de agricultura familiar do Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Parceria – Para os representantes dos agricultores, a parceria entre a alimentação escolar e a agricultura familiar é fundamental para o desenvolvimento local. “Na medida em que há uma oportunidade de mercado, temos renda e sobrevivência no campo”, afirmou Elisângela dos Santos Araújo, da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar. Também participaram dos trabalhos representantes da Via Campesina e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura.

Assessoria de Comunicação Social do FNDE

 

Crise teve pouco impacto nas emissões mundiais de CO2

Neste ano, segundo estudo, quantidade de gás carbônico deve aumentar novamente, em mais de 3%

 
fonte Revista Exame

Paris - O impacto da crise sobre as emissões mundiais de gás carbônico pelo uso de energias fósseis foi menor do que o esperado, já que a redução nos países industrializados foi compensada pelo forte crescimento da China e Índia, segundo um estudo publicado neste domingo.
Em 2010, estas emissões devem aumentar novamente, segundo este estudo, realizado pelo Global Carbon Project (GCP) - organismo que reúne mais de 30 especialistas do clima - publicado pela revista Nature Geoscience.
Este ano, as emissões aumentarão em mais de 3%, se as previsões de crescimento econômico de 4,8% se confirmarem.
Este estudo aparece quase uma semana antes do início da grande cúpula da ONU sobre o clima em Cancun (México, de 29 de novembro a 20 de dezembro), que espera superar o fracasso de Copenhague e fundar uma política eficaz para lutar contra as mudanças climáticas.
As emissões de CO2 por combustão de energias fósseis (petróleo, gás, carvão) chegaram a 30,8 bilhões de toneladas em 2009, ou seja, uma queda de apenas 1,3% em relação a 2008, um ano recorde.
Esta redução foi menor que o previsto, já que as grandes economias emergentes, começando pela China, prosseguiram seu crescimento apesar da crise.