Grupo de Planejamento discute pesquisas e realidades sobre o setor durante o GP10
De acordo com um estudo do Grupo Consultores, a resposta para o título é sim. Comparados com outros países, anunciantes brasileiros consideram o setor de planejamento muito importante para seu negócio e as agências que fazem isso bem tem maiores chances do que as outras de conquistarem uma conta. Isso, até em comparação com mercados maduros, como a Espanha.
“Na Europa, a crise financeira fez com que as empresas focassem mais em estratégias de curto prazo, o que prejudicou o planejamento”, atestou Kika Samblas, sócia da consultoria de origem espanhola. “O Brasil é um lugar bom para se estar. Os clientes daqui valorizam mais o planejamento estratégico”, afirmou.
Prova disso é que as relações entre agências e anunciantes estão durando quase seis anos, aproximando-se da média dos Estados Unidos, que está em torno de 6,5 anos. “A própria duração maior dessa relação é uma mostra da valorização do planejamento”, acredita Graziela Di Giorgi, responsável pelo escritório da consultoria no Brasil.
Ambas participaram de um debate mediado por Regina Augusto, diretora editorial do Grupo M&M,durante o GP10, evento organizado pelo Grupo de Planejamento nesta segunda-feira, 29. A apresentação, com o tema Na Real: Aspiração, Transpiração, Inspiração, contou também com a participação de representantes de agência, no caso, Eduardo Lima, da F/Nazca, que falou também pelo CCSP, além de Jurandir Craveiro, fundador da NBS e membro do Grupo de Planejamento. Representando os anunciantes, esteve presente Tiago Pinto, diretor de marketing da Nike do Brasil.
Quando a palavra foi para os profissionais de agências, o cenário não parecia ser tão positivo assim. Para Craveiro, o setor está mais caro para a agência e perdeu seu escopo original. “O planejamento se afastou da criação e ficou mais do lado de business. O setor está sendo encarado como um extra e ficou responsável até por pesquisar preços no supermercado”, afirmou.
Para a Nike, o processo de planejamento não pode ser separado da criação. “Somos considerados até um anunciante chato. As coisas não são rápidas. Os nossos comerciais interessantes que vão para a rua são fruto de uma intensa verificação com o consumidores da validade de uma ideia”, disse. Lima, da F/Nazca (que atende Nike no Brasil) disse ainda que a agência dá valor ao planejamento. “É impossível esperar a criação criar para depois o planejamento ser feito”, afirmou.
Para Graziela, no entanto, geralmente agências conhecidas por sua criação não costumam ter o mesmo reconhecimento em planejamento, e vice-versa. Craveiro reiterou, dizendo que a criação sente falta de um parceiro de planejamento. “Não vejo grandes movimentos de aproximação, um empenho da criação nisso”, disse. Ele crê que o digital pode unir os dois lados, porque o planejamento estratégico é fundamental na mídia online.
Lima criticou ainda reclamações dos planejadores de que estariam acumulando funções. “Este é o meu ponto de vista a partir da criação, do que esperamos do planejamento: tem que engolir o choro e trabalhar. Falta um pouco isso. Vamos parar de chorar e trabalhar”, avisou, sob protestos da plateia composta em sua maioria por profissionais de planejamento. “O problema não é trabalhar, mas receber pelo que se trabalha”, finalizou Ulisses Zamboni, sócio e diretor de atendimento da Santa Clara, além de presidente do GP. Ele foi responsável pela condução do evento e acabou opinando.
“Na Europa, a crise financeira fez com que as empresas focassem mais em estratégias de curto prazo, o que prejudicou o planejamento”, atestou Kika Samblas, sócia da consultoria de origem espanhola. “O Brasil é um lugar bom para se estar. Os clientes daqui valorizam mais o planejamento estratégico”, afirmou.
Prova disso é que as relações entre agências e anunciantes estão durando quase seis anos, aproximando-se da média dos Estados Unidos, que está em torno de 6,5 anos. “A própria duração maior dessa relação é uma mostra da valorização do planejamento”, acredita Graziela Di Giorgi, responsável pelo escritório da consultoria no Brasil.
Ambas participaram de um debate mediado por Regina Augusto, diretora editorial do Grupo M&M,durante o GP10, evento organizado pelo Grupo de Planejamento nesta segunda-feira, 29. A apresentação, com o tema Na Real: Aspiração, Transpiração, Inspiração, contou também com a participação de representantes de agência, no caso, Eduardo Lima, da F/Nazca, que falou também pelo CCSP, além de Jurandir Craveiro, fundador da NBS e membro do Grupo de Planejamento. Representando os anunciantes, esteve presente Tiago Pinto, diretor de marketing da Nike do Brasil.
Quando a palavra foi para os profissionais de agências, o cenário não parecia ser tão positivo assim. Para Craveiro, o setor está mais caro para a agência e perdeu seu escopo original. “O planejamento se afastou da criação e ficou mais do lado de business. O setor está sendo encarado como um extra e ficou responsável até por pesquisar preços no supermercado”, afirmou.
Para a Nike, o processo de planejamento não pode ser separado da criação. “Somos considerados até um anunciante chato. As coisas não são rápidas. Os nossos comerciais interessantes que vão para a rua são fruto de uma intensa verificação com o consumidores da validade de uma ideia”, disse. Lima, da F/Nazca (que atende Nike no Brasil) disse ainda que a agência dá valor ao planejamento. “É impossível esperar a criação criar para depois o planejamento ser feito”, afirmou.
Para Graziela, no entanto, geralmente agências conhecidas por sua criação não costumam ter o mesmo reconhecimento em planejamento, e vice-versa. Craveiro reiterou, dizendo que a criação sente falta de um parceiro de planejamento. “Não vejo grandes movimentos de aproximação, um empenho da criação nisso”, disse. Ele crê que o digital pode unir os dois lados, porque o planejamento estratégico é fundamental na mídia online.
Lima criticou ainda reclamações dos planejadores de que estariam acumulando funções. “Este é o meu ponto de vista a partir da criação, do que esperamos do planejamento: tem que engolir o choro e trabalhar. Falta um pouco isso. Vamos parar de chorar e trabalhar”, avisou, sob protestos da plateia composta em sua maioria por profissionais de planejamento. “O problema não é trabalhar, mas receber pelo que se trabalha”, finalizou Ulisses Zamboni, sócio e diretor de atendimento da Santa Clara, além de presidente do GP. Ele foi responsável pela condução do evento e acabou opinando.